A Faculdade de Direito da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) aprovou nesta quarta (28) a concessão do título Doutor Honoris Causa ao sambista e intelectual Nei Lopes. A aprovação foi unânime.
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Na semana passada, o mesmo conselho havia negado o título a Lopes, numa votação que terminou com o placar de 8 x 10. Eram necessários 14 votos a favor para oferecer a honraria.
De acordo com a professora de Direito Penal e Criminologia da UFRJ Luciana Boiteaux, o veto ocorreu por uma questão formal. "Graças à mobilização e ao esforço da relatora, Prof. Ana Sabadell, que reconsiderou seu voto o pedido foi aprovado com louvor", comemorou.
A concessão do título ainda precisa da aprovação do Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ.
Africanista autodidata, Nei Lopes já publicou sete dicionários e uma enciclopédia sobre culturas africanas, uma produção que ultrapassa 30 mil verbetes. O Dicionário da História Social do Samba, escrito em coautoria com Luiz Antonio Simas, venceu, em 2016, o Prêmio Jabuti na categoria Teoria/Crítica Literária, Dicionários e Gramáticas.
Formado em Direito e Ciências Sociais, pela UFRJ, trocou a área jurídica pela música, a literatura e a pesquisa sobre as línguas e a cultura da África. Lopes tem mais de 350 composições gravadas por grandes nomes da música brasileira, transita por gêneros variados, que vão do samba ao maracatu, jongo e choro.
Em 2020, o intelectual foi convidado no programa Roda Viva.
Assista à entrevista na íntegra:
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