Um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde deve avaliar a necessidade de uma terceira dose da vacina CoronaVac contra a Covid-19. O anúncio foi feito pela pasta na última quarta (28).
A pesquisa será feita com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em São Paulo e em Salvador, com 1.200 pessoas que tomaram a segunda dose do imunizante há pelo menos seis meses. O estudo deve começar em duas semanas.
Os voluntários serão divididos em quatro grupos: um tomará o reforço da própria CoronaVac, e os outros grupos receberão a terceira dose de outras vacinas aprovadas pela Anvisa e que fazem parte do Plano Nacional de Imunização (PNI): Pfizer, Oxford-AstraZeneca e Janssen.
"Nós precisamos saber a duração da proteção de cada vacina. Pra vacina da Pfizer, de Oxford-Astrazeneca e Janssen, existem várias publicações mostrando realmente a proteção em até um ano. Em relação à CoronaVac precisamos avaliar isso, e existem estudos que já mostram que a proteção começa a cair com seis meses", explica a coordenadora do estudo, Sue Ann Clemens.
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Primeira vacina contra a Covid-19 aplicada no país, a CoronaVac já imunizou mais de 57 milhões de brasileiros. Desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, ela é produzida em território brasileiro em parceria com o Instituto Butantan.
Dimas Covas, diretor da instituição, afirmou que a iniciativa é bem-vinda, mas se queixou de não ter sido notificado pelo governo federal a respeito do estudo: "É muito bom o ministério ter se preocupado em fazer esse estudo e bom também que ele tenha começado com a CoronaVac, visto que é uma das vacinas que já tem mais de 80% das pessoas imunizadas com duas doses. [...] O ruim é nós não termos sido comunicados, seria uma medida até de extrema gentileza e educação para com o produtor da vacina".
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Assista à reportagem do Jornal da Cultura da última quarta (28):
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