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Reprodução/TV Cultura
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No Linhas Cruzadas desta quinta (5), o filósofo Luiz Felipe Pondé e a jornalista Thaís Oyama falaram sobre masculinidade e a figura do homem moderno.

"Essas novas masculinidades são um conceito cunhado no âmbito do debate identitário, da ideia que masculinidade, assim como feminilidade, são conceitos socialmente construídos, sem nenhuma plataforma biológica determinante a priori.", explicou o filósofo.

Para ele, um dos problemas para se definir o conceito tem a ver com a separação entre fatores biológicos e sociais: "Quando se fala em novas masculinidades, se pensa numa nova construção social da identidade masculina. Mesmo que as coisas tenham construção social, ninguém sabe como a construção é feita. Essa é a grande falha da teoria. Eu posso supor que existem elementos que são construídos socialmente no bojo da história, mas isso não implica que eu sei o processo da construção. É esse pressuposto falso que alimenta toda engenharia social em cima das questões de gênero, e outras também". 

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"Acho que na realidade nova masculinidade é muito mais, no sentido consistente, são meninos jovens perdidos, confusos, porque não sabem lidar com mulheres, têm vergonha do que eles sentem", complementou o filósofo. 

Questionado sobre o que seria um homem moderno ideal para os "ideólogos da nova masculinidade", nas palavras de Thaís Oyama, Pondé afirmou: "[Um homem que] fala dos seus sentimentos, sabe cuidar de uma criança tanto quanto uma mulher. Então, a nova masculinidade é um cara que exige que a mulher ganhe tanto quanto ele, ou que a mulher o sustente e que não teria vergonha disso, não se sentiria humilhado por isso. É o homem que fala dos seus sentimentos o tempo inteiro, é a ideia de um homem que tem um vocabulário subjetivo e vulnerável. Eu acho que esse é o centro da nova masculinidade proposta por aqueles que acreditam que ela seria uma evolução". 

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Veja o trecho:

Assista ao programa na íntegra:

Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.