O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) emitiu uma nota nesta quinta-feira (26) com alerta para possível apagão no país nos próximos meses, caso não haja economia no consumo ou nova fonte de energia. O relatório prevê que a produção aumente 7% a partir de setembro.
A porcentagem representa aumento cerca de 5,5 GWmed na geração de energia até novembro deste ano. O estudo aponta que o consumo da população será maior em outubro e novembro. A falta de chuva e a diminuição nos níveis de reservatórios são responsáveis pelo aumento da produção. O ONS vê situação de degradação no nível dos reservatórios.
As usinas têm gerado um volume muito baixo de energia devido à crise hídrica. A maior hidrelétrica do Brasil, Itaipu, opera hoje em nível baixo do reservatório, além de produzir pouco mais de 4 GW por dia.
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O relatório prevê dois cenários da energia:
Caso A
Cenário conservador de disponibilidade térmica;
Flexibilização do nível mínimo das UHE Furnas e Mascarenhas de Moraes (15% VU) estabelecidos na Resolução ANA nº 80, de 14 de junho de 2021;
o Flexibilização do nível de armazenamento da UHE Sobradinho (40% VU) definido na Resolução ANA nº 81, de 14 de junho de 2021, para prática das defluências flexibilizadas na UHE Xingó de setembro a novembro de 2021 e flexibilização da defluência máxima da UHE Três Marias definida na Resolução ANA nº 2.081/2017 de setembro a novembro de 2021;
Flexibilização dos limites de transmissão, adotando-se critério N-1 de agosto a novembro, de modo a possibilitar maior transferência de energia do Norte/Nordeste para o Sul/Sudeste
CASO B
Cenário superior de disponibilidade térmica (mais importação);
Flexibilização do volume mínimo das UHEs Furnas e Mascarenhas de Moraes estabelecido na Resolução ANA nº 80, de 14 de junho de 2021;
Flexibilização da Resolução ANA nº 81, de 14 de junho de 2021, com manutenção das defluências da UHE Xingó flexibilizadas, mesmo com nível de armazenamento da UHE Sobradinho inferior a 40% do seu volume útil;
Flexibilização dos limites de transmissão, adotando-se critério N-1 de agosto a novembro, de modo a possibilitar maior transferência de energia do Norte/Nordeste para o Sul/Sudeste.
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