Cientistas e pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) conseguiram sequenciar diretamente o RNA do novo coronavírus pela primeira vez no Brasil. O estudo contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), e seus resultados foram publicados em um artigo da plataforma bioRxiv.
A técnica utilizada na pesquisa permite que o genoma do SARS-CoV-2 seja mapeado com 25 vezes mais resolução do que nos métodos convencionais.
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O vírus em questão tem seu material genético em apenas um filamento de nucleotídeos. Para o sequenciamento, geralmente é usada a “polimerase por transcriptase reversa”, que converte o RNA em DNA complementar ao “encaixar” as moléculas disponíveis umas nas outras. Depois, essa sequência é amplificada e gera bilhões de cópias, permitindo o mapeamento.
Na forma de sequenciamento utilizada no estudo, os cientistas mapearam o RNA do patógeno exatamente como ele é, sem transformar as moléculas. As diferentes bases (citosina, guanina, adenosina e uracila) presentes nessa cadeia correspondem a um fluxo elétrico diferente, permitindo sua identificação.
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