Os atos do 7 de setembro, convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), prometem movimentar pelo menos dez capitais brasileiras. Com lideranças governistas, que protestam contra o Supremo Tribunal Federal (STF), e outras que discordam da atual gestão, é esperada, nesta terça-feira, uma multidão em São Paulo, Rio de Janeiro e, principalmente, Brasília.
Em São Paulo, apoiadores de Bolsonaro vão se reunir na Avenida Paulista. O presidente também deve comparecer ao ato, que está marcado para ter início às 11h e deve reunir 2 milhões de pessoas – pelo menos é o que as lideranças do movimento comunicaram à Polícia Militar na semana passada.
Outro ato na capital paulista, este contra Bolsonaro, está marcado para acontecer no Vale do Anhangabaú, a cerca de 4km de distância daquele pró-governo, a partir das 14h, e deve reunir 30 mil pessoas, segundo estimativas das lideranças à PM.
Megaesquema de segurança
Para evitar confusão, as forças de segurança do estado de São Paulo fazem um esquema especial de policiamento para acompanhar as manifestações desta terça-feira (7). De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), foram gastos mais de R$ 1,75 milhão com o reforço no policiamento.
O efetivo é de aproximadamente 4 mil policiais e recebe o apoio de 1.400 viaturas, 100 cavalos, seis drones e três helicópteros da Polícia Militar. Participam da operação equipes dos CPC (Comandos de Policiamento da Capital), CPTran (Comandos de Policiamento de Trânsito), CPChq (Comandos de Policiamento de do Choque) e CCB (Comandos de Policiamento do Corpo de Bombeiros). Serão utilizados seis veículos blindados, três veículos lançadores de água e 20 cães.
As manifestações também são monitoradas por meio de câmeras fixas, móveis, motolink (câmeras instaladas em motocicletas) e bodycams (câmeras instaladas no fardamento dos policiais). As imagens serão acompanhadas ao vivo no Copom (Centro de Operações da PM).
Desde as primeiras horas da manhã, o patrulhamento está intensificado nas imediações das estações do Metrô, terminais de passageiros e nos locais próximos aos atos.
Uma equipe de mediadores da PM, com agentes que possuem cursos de gerenciamento de crises, terá o papel de fazer a comunicação com os manifestantes para tentar evitar confrontos, discussões e atos de violência. Esses policiais vestem um colete azul.
Revistas
De acordo com a SSP, a polícia fará revistas pessoais e de mochilas dos participantes das manifestações. Entre os itens que não podem ser levados estão armas brancas e de fogo, bastões, fogos de artifício, sinalizadores e drones. Quem estiver na posse destes materiais será conduzido à delegacia para o registro de um termo circunstanciado.
A polícia vai fazer uma vistoria prévia e um cadastro dos carros de som que fazem parte das manifestações. O ato na avenida Paulista se concentra no perímetro que compreende a avenida Brigadeiro Luís Antônio e a praça dos Ciclistas, das 11h às 18h. O ato no Vale do Anhangabaú ocorre das 14h às 17h.
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