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Pelo segundo dia consecutivo, caminhoneiros que são a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) promovem manifestações e bloqueiam rodovias em todo o país na manhã desta quinta-feira (9).

O Ministério da Infraestrutura divulgou novo boletim sobre a situação de bloqueios nas estradas e informou que, às 0h30 de hoje, foram registrados pontos de concentração em rodovias federais em 15 estados. Havia casos identificados em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, São Paulo e Pará.

Segundo informações da pasta, os pontos de retenção na região norte de Santa Catarina, onde a mobilização chegou a ameaçar condições de abastecimento, foram liberados por equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Todos os pontos de bloqueio registrados no Rio Grande do Sul e em São Paulo foram liberados. Há duas ocorrências de interdição em Minas Gerais e a PRF já está no local atuando”, disse em comunicado.

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) divulgou uma nota de repúdio às paralisações, segundo ela, organizadas por caminhoneiros autônomos.

“Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”, diz o texto da associação, assinado pelo presidente da NTC&Logística Francisco Pelucio.

A entidade, que congrega cerca de 4 mil empresas de transporte, disse ainda estar preocupada com os efeitos que bloqueio nas rodovias poderão causar, especialmente em relação ao abastecimento dos setores de produção e comércio.

Início dos protestos

Os bloqueios começaram anteontem, durante os atos do 7 de setembro convocados por Bolsonaro, e seguiram ao longo desta quarta-feira (8).

A Infraestrutura informa ainda que, ao todo, já foram “debeladas” 117 ocorrências com concentração de populares e tentativas de bloqueio total ou parcial de rodovias nas últimas horas.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, um dos líderes do movimento intitulado de caminhoneiros patriotas, Francisco Burgardt, também conhecido como Chicão Caminhoneiro, informou que entregaria ainda hoje um documento ao presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedindo a destituição de ministros do STF.

"O povo brasileiro não aguenta mais esse momento que País está atravessando através da forma impositiva que STF vem se posicionando. O povo brasileiro está aqui [Esplanada dos Ministérios] buscando solução e só vamos sair daqui com solução na mão", disse Chicão, que preside a UBC (União Brasileira dos Caminhoneiros), em vídeo que circula pelas redes sociais. 

Segundo ele, o documento também será entregue ao presidente Jair Bolsonaro. Em outro vídeo, Burgardt cita o prazo de 24 horas para a resposta das autoridades ao pedido do movimento. 

Bolsonaro pede vias livres

O presidente pediu para que caminhoneiros autônomos desistissem da paralisação e liberassem as rodovias, em áudio divulgado em grupos de mensagens, nas redes sociais. O ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas confirmou a autenticidade do conteúdo. 

"Fala para os caminhoneiros aí, são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Então, dê um toque aí para os caras, se for possível... para liberar, para a gente seguir a normalidade", diz o áudio.

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