Os jogos eletrônicos são o novo futebol. Uma pesquisa do Instituto Data Favela mostrou que, dos mais de 1.000 jovens entrevistados, todos moradores de periferias, cerca de 96% afirmaram querer ser gamers profissionais. O desejo é maior do que comprar uma casa própria ou ser atleta profissional de futebol.
Games como o Free Fire, jogo on-line para celular que consiste no enfrentamento entre diversos jogadores em uma arena virtual, contribuíram para a popularização desse tipo de lazer que agora também é visto como profissão.
O aplicativo surgiu em 2017 e logo virou febre, sobretudo nas periferias, pelo fato de ser gratuito e de rodar na maior parte dos celulares.
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A popularidade é tanta que Marcus Vinicius Athayde aproveitou a oportunidade e criou a “Taça das Favelas”, para jogos virtuais. "Quando a gente fala de futebol a gente pensa que na favela tem excelentes jogadores, mas quando a gente pensa em esportes eletrônicos as pessoas estão voltadas para o asfalto, então quando a gente cria a taça da das favelas, quando a gente pega um evento com tamanha relevância e coloca no Free Fire e bota pra todo mundo ver, a gente mostra a força que a favela tem também nos esportes eletrônicos”, comenta.
O jovem Matheus da Silva é um dos garotos que sonha em se profissionalizar nos games, mas o pai, Marcos Brito da Silva, fica atento para que o filho também pense em outras coisas. “Forço ele a fazer esportes porque é bom pra saúde dele”, diz.
Veja mais na reportagem sobre o tema que foi ao ar esta terça-feira (28) no Jornal da Cultura:
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