Mais tradicional e respeitado programa de entrevistas da televisão brasileira, o Roda Viva comemora 35 anos nesta quarta-feira (29).
O programa estreou em setembro de 1986, quando o centro da roda foi ocupado pelo então ministro da Justiça Paulo Brossard. Comandada por Rodolfo Gamberini, a edição contou com uma bancada formada por 23 entrevistadores convidados.
Quase duas mil personalidades já foram entrevistadas pelo programa desde então. Inaugurado em meio ao contexto de redemocratização do Brasil, a política sempre teve espaço no semanal, recebendo agentes de diferentes cargos, partidos e posições. Exemplos são as participações do ex-secretário do Partido Comunista Brasileiro, Luís Carlos Prestes, em 1986; e do ex-deputado federal Ulysses Guimarães, em 1989.
Diversos presidentes da República discutiram as questões políticas e econômicas que atravessaram o país durante os últimos 35 anos. Entre eles, estão Fernando Henrique Cardoso (1999) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006).
Cultura, música e literatura também são pauta do programa, que já recebeu nomes como José Saramago (1992), Gilberto Gil (1987) e Elza Soares (2002).
Atualmente, o Roda Viva é apresentado por Vera Magalhães. Desde 2020, a jornalista recebe nomes influentes do mundo da cultura, política e ciências. Personalidades como Ciro Gomes, Atila Iamarino, Felipe Neto e Chimamanda Ngozi Adichie marcaram presença em edições recentes do programa.
Roda Viva celebra 35 anos com lançamento de livro e disponibilização de edições na internet
Para celebrar a data, a TV Cultura preparou uma série de ações especiais: lança um livro com os principais momentos do jornalístico e disponibiliza todas as entrevistas do programa na internet.
O livro é uma espécie de portal para um projeto multimídia. A publicação conta com fotos de importantes entrevistados e uma lista com todas as personalidades que passaram pelo centro da roda, com a data da entrevista e um QR Code que levará ao site onde estarão disponíveis todos os programas. "Não é apenas um livro, é um projeto de memória", enfatiza Leão Serva, diretor de Jornalismo da TV Cultura.
REDES SOCIAIS