A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, nesta quarta-feira (29), critérios para importação de radiofármacos, medicamentos para tratamento câncer. A decisão foi tomada devido um risco de desabastecimento no país.
Segundo Alex Machado Campos, diretor da Anvisa, o novo critério permite que 18 produtos poderão ser importados por agentes públicos e privados até o dia 31 de dezembro. Anteriormente, eles eram providos predominantemente pelo Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares).
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A aprovação acontece após desfalque na produção de radiofármacos gerado por um corte de verba federal no Ipen.
“Um quadro desolador. Como se não bastasse a crise da Covid, que já impacta a vida dos hospitais, pacientes, estamos diante de uma situação extremamente grave. A iniciativa não dá solução ao que está ocorrendo, mas pode ser uma alternativa imediata para essa crise”, disse o diretor da Anvisa.
Problemas financeiros
Em meio a pandemia, os cortes de verba do Ipen, órgão vinculado ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e à CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), afetaram a produção de medicamentos.
Devido a esse cenário, o governo federal liberou, na última semana, aproximadamente R$ 19 milhões para suprir a demanda de hospitais e clinicas em todo país.
Essa verba ajuda, mas não resolve o problema para conciliar tratamentos e diagnósticos nas próximas semanas. Hospitais brasileiros já planejam cancelar ou adiar procedimentos por causa dessa desfalque.
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