Fundação Padre Anchieta

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Desde o início da pandemia, o preço dos carros não para de subir. A pergunta que não quer calar é se esses valores nas alturas vieram para ficar. Para especialistas ouvidos pelo 6 Minutos, a resposta é sim. A tendência é que o custo continue subindo, mas em ritmo menor à medida que o setor consegue superar a crise de semicondutores e voltar à normalidade de produção.

“O aumento dos preços deve se normalizar em um ano e meio ou dois anos. Não significa que os carros vão voltar a ter os preços que tinham lá atrás, mas que vamos estancar esse crescimento mês a mês que estamos vivenciando desde o meio do ano passado”, afirma Ana Renata Navas, diretora-geral da Cox Automotive.

Um levantamento da KBB Brasil (Kelley Blue Book) mostra que os carros novos ficaram, em média, 4,28% mais caros no primeiro semestre deste ano, com destaque para os modelos de 2022, que encareceram 7,68%. Os usados (com 4 a 10 anos de uso) ficaram 13% mais caros e, os seminovos (até 3 anos de uso), 9,75%.

“Como tivemos momentos de paralisação de produção, o número de carros zero nas concessionárias diminuiu. A partir do momento que não tenho o zero para comprar, diminui o número de pessoas que dão o usado na troca. Esses estoques das lojas de usados vêm caindo dia a dia e, quando você não tem o carro disponível, o que temos no estoque tende a ficar mais caro”, afirma Navas.

A expectativa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) é de que a falta de chips possa custar até 280 mil veículos a menos produzidos no Brasil neste ano e que a crise só seja normalizada no próximo ano.

Para Masao Ukon, diretor-executivo e sócio sênior do BCG (Boston Consulting Group), é difícil prever o que deve acontecer nos próximos meses, já que ainda estamos vivendo em um momento de descompasso do mercado.

“A crise dos semicondutores é um dos elementos que contribui para os aumentos de preços. Também vemos uma pressão inflacionária por trás do setor, bem como a desvalorização da moeda brasileira”, afirma Ukon.

Compro agora ou espero? Para os especialistas, dificilmente os preços dos carros vão diminuir com o passar do tempo. A expectativa é de que, com a normalização da produção, o consumidor consiga pechinchar melhor por descontos e brindes.

“O preço que a fábrica cobra na primeira negociação vai continuar aumentando, mas em um patamar menor. Quando a crise der uma melhorada, acredito que o consumidor tenha mais capacidade de negociação, com mais descontos e incentivos ao consumidor. Isso vai trazer uma queda indireta do preço”, afirma Milad Kalume, consultor da Jato Dynamics.

Para Navas, apesar de ser um momento atípico, continua valendo a pena trocar de carro, porque, mesmo que o consumidor gaste mais para comprar um novo, também vai conseguir ganhar mais na troca, o que equilibra a transação. Tudo depende da necessidade e vontade de cada um.

“Se seu carro está caindo aos pedaços e dando custos com manutenção, é mais interessante trocar, mesmo que os preços estejam mais altos. Se você não estiver nessa situação de exceção, o ideal seria aguardar para poder negociar melhor”, afirma Kalume.

Preços dos carros nos últimos 10 anos

Uma pesquisa da KBB mostra que o preço médio dos 10 modelos mais vendidos na última década triplicaram de preço. Em 2011, o preço médio era de R$ 33.327, enquanto neste ano o valor subiu para R$ 96.528.

No ranking de dez anos atrás, o modelo mais barato era o Chevrolet Classic, com custo de R$ 26 mil. Neste ano, quem ocupa essa posição é o Renault Kwid, mas com um preço mais salgado, de R$ 49.335.