A Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgou o relatório sobre uma pesquisa feita com adolescentes e jovens de 15 a 22 anos. Os dados mostraram que 22% dos entrevistados brasileiros, muitas vezes, se sentem deprimidos ou tem pouco interesse em fazer as coisas.
Para a organização, o agravamento da saúde mental com o impacto da pandemia em crianças, adolescentes e jovens ao redor do mundo é apenas a “ponta do iceberg” para uma questão que já demonstrava preocupação antes da disseminação do coronavírus.
O “The State of the World’s Children 2021” (Situação Mundial da Infância 2021, em português) faz parte de um estudo internacional feito entre a Unicef e a Gallup. O relatório apontou que cerca de 45.800 adolescentes morrem de suicídio a cada ano, mais de 1 pessoa a cada 11 minutos. “O suicídio é a quinta causa prevalecente de morte para meninos e meninas adolescentes com idades entre 10 e 19 anos”, conclui o documento.
A Unicef estima que o mundo perde US$ 387,2 bilhões por ano de capital humano devido à saúde mental de pessoas até os 19 anos, sendo que, deste total, UD$ 340,2 bilhões estão relacionados a ansiedade e depressão e US$ 47 bilhões ao suicídio.
“Uma média de 83% dos jovens entre 15 e 24 anos em 21 países acreditam que é melhor lidar com problemas de saúde mental compartilhando experiências com outras pessoas e buscando apoio do que fazer sozinho”, relata o estudo da Unicef. Apesar da declaração, a organização constatou que alguns governos gastam menos de 1 dólar para tratar saúde mental.
“O número de psiquiatras que são especializados em tratamentos de crianças e adolescentes é inferior a 0,1 por 100 mil em todos os países, exceto os de alta renda, onde o número é de 5,5 por 100 mil”, declarou o estudo.
No Brasil, a Unicef lançou o site Pode Falar com ajuda virtual para saúde mental e bem-estar de adolescentes e jovens de 13 a 24 anos de forma anônima e gratuita.
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