No último mês, cidades do sul do Brasil registraram surtos, entre crianças de até cinco anos de idade, de uma doença ainda pouco conhecida. A síndrome mão-pé-boca é causada pelo vírus coxsackie e teve um aumento de incidência se comparado ao ano passado.
Entre os sintomas principais da síndrome mão-pé-boca estão o surgimento de caroços, principalmente nas palmas das mãos e nas solas dos pés, aftas na boca, febre, diarreia e vômitos. Em geral, a doença não evolui para casos graves e o tratamento consiste em amenizar os sintomas.
Segundo vice-presidente do departamento de infectologia da SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo), Marcelo Otsuka, a transmissão da síndrome entre os menores é comum, principalmente pela via oral. “As crianças têm essa tradição de levar tudo à boca. Às vezes engatinham e levam a mão na boca e se contaminam, porque a transmissão se faz dessa forma", explica.
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Daniel foi um dos garotos que se infectou com o vírus. Ele já voltou a se alimentar bem e não apresenta mais lesões na pele. No último mês teve febre alta e vermelhidão nas costas.
"Dois ou três dias depois já tava pelo corpo todo. Já tava na mão, no tornozelo, no braço, no antebraço e um pouco na boca", revela a mãe da criança, a fonoaudióloga Thais Rodrigues.
Especialistas afirmam que, como não há vacina para o vírus coxsackie, o único meio de prevenir a síndrome é uma boa higiene. Uma prática importante é lavar bem as mãos e os alimentos.
Assista à matéria sobre o tema que foi ao ar nesta quarta-feira (6) no Jornal da Tarde:
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