Jair Bolsonaro afirmou que vai "tirar dinheiro da educação e da saúde" para viabilizar projeto que visa a distribuição gratuita de absorventes caso o Congresso derrube veto presidencial.
Em conversa com jornalistas neste domingo (10), o chefe do Executivo voltou a afirmar que vetou artigo referente ao tema por não apresentar fonte de custeio. "Se eu sancionar, estou em curso em crime de responsabilidade. Agora, se o Congresso derrubar o veto, eu vou tirar dinheiro da saúde e da educação. Tem que tirar de algum lugar".
Ontem (9), o Governo Federal publicou nota afirmando que trabalharia para viabilizar a aplicação da medida.
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Bolsonaro também direcionou comentário para a deputada federal Tabata Amaral, que criticou o veto. "Podia a Tabata, já que ela é mulher, pega a verba de gabinete dela e compra. Sei que não pode comprar isso, mas arranja uma maneira", disse.
Sobre o caso
Nesta semana, o presidente sancionou a lei que instituiu o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. Porém, vetou os trechos relacionados a distribuição de absorventes higiênicos e ofertas de cuidados básicos de saúde para estudantes de baixa renda matriculadas em escolas públicas e mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema.
O Projeto de Lei é de autoria da deputada federal Marília Arraes (PT/PE) e relatoria no Senado de Zenaide Maia (PROS/RN). A proposta ajudaria 5,6 milhões de mulheres que menstruam e não condições básicas de saúde.
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