Durante um evento em Miracatu, interior de São Paulo, nesta quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o armamento no país e minimizou a fala de Dom Orlando Brandes em uma missa em Aparecida. O arcebispo disse que “para o Brasil ser pátria amada, não pode ser uma pátria armada”.
"Respeito a opinião de qualquer um aqui que seja a favor e contra a arma de fogo, mas o que acontecia no Brasil é que somente os marginais e bandidos tinham armas de fogo. Não pude alterar lei como queria, mas alteramos decretos e portarias de modo que arma de fogo passou a ser realidade entre nós", disse.
Ao longo de seu discurso, o presidente reclamou da forma como a fala do arcebispo foi divulgada. Para ele, a frase teria sido dita no dia 11 de outubro e que a imprensa só repercutiu no dia seguinte. Mas, o posicionamento dele aconteceu na manhã do dia 12, antes de Bolsonaro chegar em Aparecida.
"Disseram que ele teria falado no dia 12, não falou, ele é uma pessoa educada. Não iríamos discutir abertamente ali, até porque não tinha microfone, não tinha como discutir esse assunto", alegou Bolsonaro.
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Ao final, ele reafirmou o discurso armamentista e relacionou armas à liberdade, equivalência que já foi contestado por especialistas.
"Respeito os bispos que tenham posição diferente da minha. Não é porque quando eu não quero uma coisa acho que ninguém pode tem o direito de querê-la, Nós devemos nos preocupar com a nossa liberdade, o bem maior de uma nação, Sem liberdade não há vida”, finalizou.
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