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Reprodução/Flickr Palácio do Planalto
Reprodução/Flickr Palácio do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi criticado ao visitar uma região de garimpo ilegal em Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) na terça-feira (26). Em declaração, o político defendeu a legalização da atividade. A visita aconteceu na comunidade de Flechal, no município de Uiramutã, local de fronteira com a Venezuela.

Na ocasião, o presidente fez referência ao Projeto de Lei 191/20, que regulamenta a mineração e a “exploração de recursos minerais, hídricos e orgânicos em reservas indígenas”.

Bolsonaro não mencionou os impactos ambientais do garimpo, mas reafirmou seu posicionamento. “Esse projeto não é impositivo. Diz: ‘se vocês quiserem plantar, vão plantar. Se vão garimpar, vão garimpar. Se quiserem fazer algumas barragens no vale do rio Cotingo, vão poder fazer'”.

O Conselho Indígena de Roraima publicou uma nota de repúdio à presença do presidente no local. “Repudiamos a presença do presidente. Ele não é bem-vindo na nossa terra”, destacou a publicação da organização representativa de 255 comunidades dos povos Macuxi, Wapichana, Taurepang, Sapará, Patamona, Ingaricó, Wai Wai, Yekuana e Yanomami.

“Também sobrevoaram a região do Rio Cotingo onde há vislumbre de construção de uma hidrelétrica, cujo projeto, que se arrasta há décadas, vai contra os interesses e a vida dos povos dessa região, pois sua construção pode provocar não só a destruição da comunidade Tamanduá, quanto de toda a biodiversidade e do modo de vida dos povos indígenas dessa região”, acrescentou.

Os líderes indígenas indicam que o projeto de lei facilitará as invasões e causará danos para as comunidades. O aumento dos garimpos ilegais durante o governo Bolsonaro já está afetando muitos povos, como, por exemplo, o yanomami, em Roraima.

A primeira deputada federal indígena, Joenia Wapichana também se manifestou nas redes sociais, acrescentando que a falta do uso de máscara e vacina durante a visita colocava os povos indígenas em vulnerabilidade.

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