Nesta quinta-feira (4), Ciro Gomes anunciou que deixará suspensa a sua pré-candidatura à presidência da República em 2022, até que o partido ao qual é filiado, o PDT, reavalie a sua posição em relação à PEC dos Precatórios, aprovada na madrugada desta quinta-feira em primeiro turno na Câmara dos Deputados. Ele pede para que o PDT vote contra a PEC no segundo turno.
A PEC, que já havia passado por comissão especial, adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça), a fim de abrir espaço fiscal de R$ 91,6 bilhões para o ano eleitoral de 2022 e assim, viabilizar o lançamento do Auxílio Brasil de R$ 400. O texto foi aprovado nesta madrugada por 312 votos a 144. O PDT orientou o voto "sim", a favor da PEC, mas seis deputados votaram contra. Outros 15 foram favoráveis ao texto. Três não votaram.
"Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios", escreveu Ciro em sua página oficial do Twitter.
Ciro ainda afirmou que o partido não pode “compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas”. “Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional”, declarou.
Opositores à PEC acreditam que a medida é uma forma de “calote” do governo em credores, uma vez que posterga o pagamento das requisições que são asseguradas pela Justiça.
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