Proposto em meados de outubro pela oposição, o novo pedido de impeachment do presidente chileno, Sebastian Piñera, vai à Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (8), onde precisa receber maioria dos votos para ser aprovado.
Piñera já havia sofrido um processo de impeachment em 2019, do qual foi absolvido. Novas acusações surgiram em meio à revelações do documento Pandora Papers, que trouxe à tona mais de 300 nomes - incluindo o do presidente chileno - envolvidos com transações bancárias em paraísos fiscais.
Se passar na Câmara, o processo deve seguir para o Senado, onde precisa de 2/3 de aprovação. Caso isso aconteça, o presidente será retirado do cargo e impedido de exercer funções públicas durante cinco anos.
Na última sexta-feira (5), o impeachment foi analisado por uma Comissão Revisora, que votou por rejeitar as acusações.
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De acordo com o processo de impeachment aberto pela oposição, Piñera é acusado por irregularidades na venda da Mina de Dominga, onde há extração de cobre e ferro. Detalhes sobre a transação foram dados pelo documento Pandora Papers, e provocaram a abertura de uma investigação por parte da Procuradoria chilena.
A venda da Mina de Dominga aconteceu em 2010, quando Piñera estava em seu primeiro mandato. O local é vinculado à família do presidente. Além de político, ele é um empresário bilionário.
Em 2017, a Justiça analisou a venda da mina e concluiu que não houve irregularidades. Respaldado nessa investigação, Piñera nega todas as acusações. No entanto, deputados da oposição envolvidos no processo de impeachment afirmam que o presidente descumpriu com a Constituição.
Eleito em 2010 e reeleito em 2014, Piñera não irá concorrer às próximas eleições, que acontecem nesse mês. Além de presidente, também serão votados membros do Legislativo chileno.
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