Na última quarta-feira (10), durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), representantes da China e dos Estados Unidos anunciaram um acordo colaborativo. A notícia é bem recebida, visto que ambos os países são líderes em emissões de gases poluentes. No entanto, o compromisso é visto com cautela por conta das desavenças e rivalidades históricas.
O documento, disponível em inglês e em chinês, reafirma a necessidade de tomar medidas que minimizem a crise climática, além de se comprometer com políticas de incentivo à descarbonização e redução nas emissões de gás metano.
O acordo foi primeiramente anunciado pelo negociador-chefe chinês Xie Zhenhua, que reiterou o compromisso de todos os envolvidos para que o documento pudesse ser firmado. Ele afirmou que “fizemos as nossas promessas e as honraremos com ações”. Logo em seguida, o representante dos Estados Unidos, John Kerry, confirmou o acordo sino-americano, celebrando a colaboração mútua entre os países.
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Visto que os EUA e China são os países mais poluentes do mundo, o acordo mútuo foi bem-recebido por especialistas e pela comunidade internacional. “Parece que é uma espécie de virada no jogo aqui, com a entrada dos dois principais atores em termos de emissão”, analisou a especialista em políticas públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo.
Em decorrência dos compromissos firmados por China e EUA, o Brasil deve ser prejudicado. Isso porque um dos pontos do acordo determina o fim da importação de produtos vinculados ao desmatamento ilegal.
Ainda, o Brasil vem acumulando uma má reputação em relação às políticas de contenção à crise climática. Em discurso na COP26, o ministro do Meio Ambiente Joaquim Leite foi criticado ao relacionar a preservação das florestas com a miséria: “Onde existe muita floresta, também existe muita pobreza”, afirmou.
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