Através de suas redes sociais, a deputada estadual Mônica Francisco (PSOL-RJ) alegou na última quarta-feira (29) que foi vítima de racismo em um carro de aplicativo e em uma loja de calçados. “Nossa pele chega primeiro”, desabafou a vice-líder do PSOL-RJ na Alerj.
“Fui trocar um presente que ganhei no Amigo Oculto e passei por duas situações de racismo. A primeira na loja das Havaianas, em que fui solenemente ignorada ao tentar fazer a troca. As vendedoras passavam e pareciam não notar minha presença, não me atendiam”, escreveu em sua conta no Twitter.
As vendedoras passavam e pareciam não notar minha presença, não me atendiam.
— Mônica Francisco (@MonicaFPsol) December 29, 2021
A segunda no carro por aplicativo, a caminho da Cadeg, o motorista insistia em saber em qual ponto da comunidade eu ficaria. Alegava não conseguir ver o destino final, que era na cadeg. +👇🏿
Mônica continuou, e falou sobre o que seria segunda situação. Ela completou que estava em um “carro por aplicativo, a caminho da Cadeg, o motorista insistia em saber em qual ponto da comunidade eu ficaria. Alegava não conseguir ver o destino final, que era na cadeg.”
“Eu já estava em trânsito, então ele sabia o destino final, estava marcando no aplicativo. Eu contestei a postura. Não posso andar de carro por aplicativo com minha família pela cidade?!”, questionou a deputada.
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O episódio foi “muito constrangedor”, segundo a cientista social. “Sentimos que não podemos acessar determinados espaços. Eu sou cria do Borel, sou deputada estadual eleita, exercendo mandato na Alerj e ainda assim vejo meu corpo sendo barrado em determinados espaços”, disse.
do Rio de Janeiro, por aqueles que “me enxergavam, mas não me viam como parlamentar”. Mesmo utilizando meu broche de identificação.
— Mônica Francisco (@MonicaFPsol) December 29, 2021
Gente, isso é muito penoso! Eu sou uma cidadã, mulher preta! Precisamos como mulheres negras, ter acesso a todos os espaços!
A deputada se sentiu “ignorada ao entrar numa loja e exercer meu poder de compra” e “desrespeitada no meu acesso à cidade, querendo a segurança de chegar no meu destino final.”
“Isso me lembra 2019 quando tive meu corpo barrado nas estruturas da Alerj, onde estou a serviço do povo do Rio de Janeiro, por aqueles que ‘me enxergavam, mas não me viam como parlamentar’. Mesmo utilizando meu broche de identificação. Gente, isso é muito penoso! Eu sou uma cidadã, mulher preta! Precisamos, como mulheres negras, ter acesso a todos os espaços!”, concluiu.
O site da TV Cultura entrou em contato com a Havaianas, mas não obteve retorno até o momento.
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