O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi convocado nesta quinta-feira (6) a prestar esclarecimento sobre as estratégias do governo para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. O requerimento foi aprovado por 14 senadores que participaram da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, e apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede).
“Entende-se necessário e urgente o comparecimento do senhor Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes, Ministro de Estado da Saúde, à Comissão Representativa do Congresso Nacional, a fim de prestar esclarecimentos aos parlamentares e à sociedade brasileira sobre os fatos mencionados e os demais relacionados à pandemia de Covid-19”, afirma o texto.
O texto pede para que o ministro esclareça: qual será a quantidade de doses vacinas contra a Covid-19 foram adquiridas pelo Brasil para o ano de 2022; o cronograma de distribuição de vacinas e de vacinação; medidas sanitárias para conter o avanço da variante Ômicron e do “flurona”, coinfecção pela Covid e Influenza. Além disso, os senadores pedem explicações sobre apagão dos dados de infecções, internações e mortes por Covid-19, políticas de testagem após o hackeamento nos sites do Ministério da Saúde.
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“Restam dúvidas sobre as estratégias e as políticas traçadas pelo Governo Federal sobre a suficiência do quantitativo de vacinas adquiridas pelo Brasil para aplicação em 2022, assim como o respectivo cronograma de distribuição e aplicação de doses nas crianças, na população adulta não vacinada e naquela em que será necessária a aplicação de doses de reforço”, diz um trecho do documento.
A convocação do Ministro depende da aprovação do Congresso, que deve votar o tema na volta do recesso parlamentar, no dia 1 de fevereiro. Assinam o pedido Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Zenaide Maia (PROS-RN), Paulo Rocha (PT-PA), Fabiano Contarato (PT-ES), Simone Tebet (MDB-MS), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Rogério Carvalho (PT-SE), Jorge Kajuru (Podemos-GO), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Eduardo Braga (MDB-AM) e Otto Alencar (PSD-BA).
Queiroga foi contra a vacinação de crianças de 5 a 11 anos quando houve a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O ministro disse, no dia 23 de dezembro, que não havia emergência em vacinar o público e afirmou que os óbitos de crianças por Covid-19 "estavam dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais".
O Ministério abriu uma consulta pública para que a população se pronunciasse sobre o tema. A pesquisa mostrou que a maioria foi contra exigência de prescrição médica para vacinação contra Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos. Durante entrevista coletiva na tarde da última quarta-feira (5), a Pasta informou não será mais obrigado a prescrição médica para imunizar a faixa etária, como era previsto anteriormente.
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