O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a negar responsabilidade sobre o aumento do preço dos combustíveis no país. Ele engrossou o discurso em entrevista nesta quarta-feira (12) e disse que, se pudesse, ficaria livre da Petrobras.
"Alguém acha que eu sou o malvadão, que foi aumentado o preço da gasolina e do diesel ontem porque sou o malvadão? Primeiro que não tenho controle sobre isso. Se pudesse, ficaria livre da Petrobras", disse ao site Gazeta Brasil transmitida nas redes sociais.
A declaração aconteceu após a Petrobras anunciar aumento dos preços da gasolina e do diesel e começou a valer hoje. O valor médio da gasolina vendida para as distribuidoras passou de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, um reajuste de 4,85%. Já para o diesel, de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, alta de 8,08%.
A Petrobras justificou o aumento de preços para evitar o risco de desabastecimento.
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O aumento no preço dos combustíveis foi um dos principais fatores para a inflação bater os dois dígitos em 2021. De acordo com o IPCA, o valor foi de 10,06%. Durante o ano passado, o valor da gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021, e o etanol, de 62,23%.
O presidente afirmou que a crise hídrica também influenciou no valor dos combustíveis. "Enfrentamos, além da covid, uma crise de água enorme, que influenciou no preço do combustível. Daí, aparecem as bandeiras, amarela, vermelha. Quem decide as bandeiras não sou eu, é a Agência Nacional de Energia Elétrica, agência independente criada em 1999”, concluiu.
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