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Reprodução/Flickr Ministério da Justiça e Segurança Pública
Reprodução/Flickr Ministério da Justiça e Segurança Pública

Através de uma nota, a Polícia Federal (PF) rebateu os ataques do ex-juiz e ministro Sergio Moro (Podemos) na última terça-feira (15). No texto, a organização destaca que o pré-candidato à Presidência da República tirou conclusões precipitadas e mentiu durante sua entrevista ao programa ‘Pânico’, da Jovem Pan.

Moro mente quando diz que ‘hoje não tem ninguém no Brasil sendo investigado e preso por grande corrupção’. A Polícia Federal efetuou mais de mil prisões, apenas por crimes de corrupção, nos últimos três anos”, aponta a PF. No texto, também é dito que 1.728 operações contra esse tipo de crime foram realizadas no período.

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Moro disse, na última segunda-feira (14), que as nomeações do Presidente da República fizeram com que a polícia deixasse de atuar contra a corrupção. “Hoje a situação é pior que Lula solto, é muito ruim”, falou. Ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL), ele também afirmou que o governo acabou com a Operação Lava Jato.

Para a PF, o ex-juiz “faz ilações ao afirmar que ‘esse é o resultado de quantos superintendentes eles afastaram e que estavam fazendo o trabalho deles”, “não aponta qual fato ou crime tenha conhecimento e que a PF estaria se omitindo a investigar” e “confunde, de forma deliberada, as funções da PF”.

Leia a nota na íntegra:

"Em entrevista na segunda-feira (14/02) à Jovem Pan, o ex-ministro Sergio Moro fez descabidos ataques à Polícia Federal. A bem da verdade, consideramos importante esclarecer:

Moro mente quando diz que "hoje não tem ninguém no Brasil sendo investigado e preso por grande corrupção". A Polícia Federal efetuou mais de mil prisões, apenas por crimes de corrupção, nos últimos três anos.

Neste mesmo período, a PF realizou 1.728 operações contra esse tipo de crime. Somente em 2020, foram deflagradas 654 ações - maior índice dos últimos quatro anos.

Moro também faz ilações ao afirmar que “esse é o resultado de quantos superintendentes eles afastaram e que estavam fazendo o trabalho deles”.

O ex-ministro não aponta qual fato ou crime tenha conhecimento e que a PF estaria se omitindo a investigar. Tampouco qual inquérito policial em andamento tenha sido alvo de ingerência política ou da administração.

Vale ressaltar que a Polícia Federal vai muito além da repressão aos crimes de corrupção. Em 2021, bateu recorde de operações. No total, foram quase dez mil ações, aumento de 34% em relação ao ano anterior.

O ex-juiz confunde, de forma deliberada, as funções da PF. O papel da corporação não é produzir espetáculos. O dever da Polícia é conduzir investigações, desconectadas de interesses político-partidários.

Moro desconhece a Polícia Federal e negou conhecê-la quando teve a chance. Enquanto Ministro da Justiça não participou dos principais debates que envolviam assuntos de interesse da PF e de seus servidores.

Com o intuito de preservar a imagem de umas das mais respeitadas e confiáveis instituições brasileiras, a Polícia Federal repudia a afirmação feita pelo pré-candidato Moro de que a corporação não tem autonomia.

Por fim, a PF - instituição de Estado - mantém-se firme no combate ao crime organizado, à corrupção e não deve ser usada como trampolim para projetos eleitorais."