A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta quinta-feira (17) que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive o inquérito que investiga um suposto vazamento de dados sigilosos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
O procurador Augusto Aras se manifestou após um pedido de Alexandre de Moraes. O ministro é relator do caso, e pediu, no último dia 14, que a PGR desse um parecer sobre a conclusão da Polícia Federal, afirmando que o presidente Jair Bolsonaro agiu de maneira "direta e relevante" para gerar desinformação sobre o sistema eleitoral.
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Em agosto de 2021, Jair Bolsonaro divulgou dados de documentos sigilosos de um inquérito sobre ataques ao sistema do o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não havia sido concluído. O chefe do Executivo colocou o link do inquérito nas redes sociais.
Em um relatório encaminhado pela Polícia Federal (PF) ao Supremo, a delegada da Polícia Federal (PF) Denisse Ribeiro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime pelo vazamento do inquérito sobre o ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ela, houve "atuação direta, voluntária e consciente".
Além de Bolsonaro, a delegada aponta que também há indícios de crime na conduta do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, que é ajudante de ordens do presidente. Os dois participaram da live em rede social com o presidente.
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