O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou nesta sexta-feira (4) às supostas violações de direitos cometidas pela Rússia na Ucrânia.
O Conselho ainda concordou em criar uma comissão internacional para investigar violações aos direitos humanos na Ucrânia. É a primeira vez na história que um conselho como esse é criado.
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O placar para a criação da comissão foi aprovado por ampla maioria dos membros. No total, 32 membros do Conselho votaram a favor da condenação, inclusive o Brasil, 13 se abstiveram: Armênia; Bolívia, Camarões; China; Cuba; Gabão; Índia; Cazaquistão; Namíbia; Paquistão; Sudão; Uzbequistão e Venezuela. Rússia e Eritreia foram contra.
"Aqueles da Rússia que dirigem e cometem violações contra meu povo deveriam prestar atenção. Provas serão coletadas; vocês serão identificados e responsabilizados", ressaltou a embaixadora da Ucrânia nas Nações Unidas em Genebra, Yevheniia Filipenko.
A resolução aprovada condena "as violações e os ataques aos direitos humanos como consequência da agressão da Federação Russa". Além disso, pede "a retirada rápida e verificável das tropas russas” da Ucrânia. Moscou nega ataques a civis.
Apesar de votar a favor, o representante brasileiro fez ressalvas ao texto aprovado. O embaixador brasileiro Tovar da Silva Nunes se mostrou a favor pela “deterioração das circunstâncias no terreno”. No entanto, fez críticas.
“A despeito de propostas construtivas durante as negociações da resolução, estamos decepcionados com o texto que temos diante de nós. O Brasil teria favorecido projeto mais equilibrado, que pudesse criar espaço para o diálogo entre todas as partes e enviar mensagem forte de respeito ao direito internacional dos direitos humanos. Infelizmente, o texto atual é falho”, completou.
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