O Linhas Cruzadas desta semana falou sobre as mudanças nas relações entre pais e filhos e como cada vez mais as diferentes gerações entram em conflito.
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A edição tratou também do idealismo do jovem, fazendo com que os pais criem certas expectativas sobre os filhos.
Thaís Oyama mencionou o caso de um Youtuber que registraria o filho com um nome feminino, porque, segundo ele, nome não tem gênero e a criança seria desconstruída.
A apresentadora comparou o caso com os pais de antigamente que definiam que o filho seria doutor. Pondé concorda, mas aponta algumas diferenças:
“Neste caso em específico, eu penso que é um sintoma do século 21, os pais usarem os filhos como experimentação dos seus delírios. O pai que não estudou e ficou orgulhoso pelo diploma do filho tem a dimensão da modernidade, gozando com a sua própria potência.”
Segundo o filósofo, este Youtuber está se considerando descolado, mas trará problemas ao filho.
“Na realidade, ele vai ferrar a cabeça do moleque. Médicos são construídos em faculdade, com certo sistema de formação, então a possibilidade do pai que paga para o filho estudar medicina ferrar a cabeça dele são bem menores e a chance de gerar frutos bem maiores”, afirmou Pondé.
Veja o trecho completo:
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Assista ao programa na íntegra:
Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.
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