O presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa do ministro da Educação, Milton Ribeiro, na noite da última quinta-feira (24). A declaração aconteceu durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. O chefe do Executivo afirma que as suspeitas de envolvimento na liberação de recursos para prefeitura é uma “covardia”.
“Coisa rara de eu falar aqui, eu boto minha cara no fogo pelo Milton. Minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”, argumentou durante a transmissão.
Leia mais: Cármen Lúcia autoriza abertura de inquérito para investigar Ministro da Educação
O jornal Folha de S.Paulo divulgou uma gravação que mostra o presidente Jair Bolsonaro pedindo a liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC) para prefeituras que negociaram o repasse com dois pastores, que não possuem cargos no Ministério da Educação. Os pastores seriam Gilmar Santos e Arilton Mourado.
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (24) a abertura de um inquérito para investigar suspeitas contra o ministro da Educação. A ministra atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, que pediu a apuração do caso.
Durante a transmissão, o presidente repercutiu a decisão da ministra do STF. “Parabéns a Cármen Lúcia. Estou muito feliz e o Milton também está muito feliz com essa autorização que o Supremo deu para o procurador-geral da República investigar esse episódio”, disse.
Bolsonaro ainda disse que a Controladoria Geral da União (CGU) investigou a denúncia de possíveis irregularidades, mas não identificou o envolvimento. O mandatário afirma que o caso foi apurado em fevereiro de 2021. O presidente ainda se mostrou irritado com a pressão que tem recebido pela exoneração de Ribeiro.
"Agora, tem gente que fica buzinando, faz chegar pra mim: 'Manda o Milton embora, já tenho um bom nome para botar aí.' Tem gente que quer botar alguém lá, mas não fala publicamente, 'ó eu tenho um nome'", ressaltou.
O chefe do Executivo respondeu sobre o encontro do ministro com os pastores. "O Milton tomou as providências. Daí, alguns falam: 'ah, ele tinha 19 agendas’. Se ele estivesse armando, meu Deus do céu, não teria botado na agenda oficial aberta ao público. É muito simples. Ninguém vai indicar um cara, sem se expor, de graça”, acrescentou.
REDES SOCIAIS