Seguindo com as investigações sobre propinas no Ministério da Educação (MEC), três prefeitos foram chamados nesta terça-feira (5) para uma audiência no Senado.
Todos eles afirmaram que o pastor Arilton Moura cobrava propinas em troca de ouro, dinheiro e bíblias para liberar verbas do Ministério. Além das verbas, Moura facilitava reuniões no MEC com o ex-ministro Milton Ribeiro, enquanto ainda ocupava o cargo.
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Além de Ribeiro, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, e o pastor Gilmar Santos também participavam dessas reuniões.
A Comissão de Educação do Senado convocou Gilberto Braga, prefeito de Luís Domingues (MA), José Manoel de Souza, prefeito de Boa Esperança do Sul (SP), e Kelton Pinheiro, prefeito de Bonfinópolis (GO).
Braga contou que participou de uma reunião com o MEC em abril do ano passado, onde seriam discutidas obras inacabadas do Ministério. De acordo com o prefeito, o pastor Arilton Moura cobrou abertamente um quilo de ouro em troca dos recursos da pasta durante um almoço.
Na mesma audiência, José Manoel de Souza afirmou que o pastor Moura pediu 40 mil reais em propinas para liberação de recursos.
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Segundo o prefeito da cidade paulista, Arilton teria dito: "Você sabe muito bem como funciona, né? O Brasil é muito grande, não dá para ajudar todos os municípios. Mas eu consigo te ajudar com uma escola profissionalizante (...) você deposita R$ 40 mil na conta da igreja evangélica".
A abordagem a Kelton Pinheiro foi por meio de um terceiro, alguém que dizia que o pastor Gilmar Santos queria conhecê-lo juntamente com Moura. Nesse encontro, os pastores pediram a compra de mil bíblias no valor de R$50 cada. Pinheiro negou a compra.
Por outro lado, os prefeitos Helder Aragão, de Anajatuba (MA) e Calvet Filho, de Rosário (MA) negaram ter participado de qualquer conversa a respeito de propinas. Ambos também afirmaram que conseguiram liberação de recursos na pasta.
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