A aluna Monique Tavares, estudante do Colégio Municipal Doutor João Paim, integrado ao sistema da Polícia Militar de Salvador, relatou ter sido alvo de racismo na entrada de sua escola por conta do seu cabelo crespo.
O caso, ocorrido em março, envolveu a aluna e um inspetor da escola, também negro, que não permitiu a entrada da mesma no colégio. Segundo Monique, o funcionário teria mandado ela alisar os cabelos antes de entrar na escola.
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O código de vestimenta do colégio municipal exige que as meninas utilizem uma rede para cobrir o coque. Porém, segundo Tavares, em nenhum momento o inspetor apontou a falta da rede como motivo para a não entrada no ambiente escolar, mas sim o fato da menina ter o cabelo naturalmente crespo.
A mãe da menina, Jaciara Tavares, reforçou que não é aceitável que a escola proíba o cabeço crespo, naturalmente mais volumoso quando preso. Segundo conta a família, Monique continua frequentando as aulas, mas enche o cabelo com creme para reduzir o volume.
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A escola afirmou que todos os alunos, pais e responsáveis são instruídos quanto às normas do colégio. Ainda completaram dizendo que seguem o regimento padrão do Ensino Militar, que, entre outros itens, determina cortes de cabelo e penteados.
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