A Rússia cercou os últimos defensores da cidade portuária de Mariupol, situada na costa sudeste do país. O território é o único que falta para o estabelecimento de um controle russo de uma faixa que liga o Donbass (o leste russófono) à Crimeia, península histórica da Rússia que foi anexada da Ucrânia em 2014.

Diferente do início da guerra, em fevereiro, que tinham as múltiplas frentes e forças dispersas, essa ação tende a ser mais focada e a ocorrer em campos menos congestionados por cidades. O presidente Putin falhou na tomada da Ucrânia, chegando às portas de Kiev com forças insuficientes no segundo dia da guerra, já que houve resistência do povo. 

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Como nunca anunciou nada que não fosse a "desmilitarização, desnazificação e proteção do povo do Donbass" como objetivo ao lado de impedir a adesão da Ucrânia à Otan (aliança militar ocidental), o russo sempre poderá dizer que não tinha a intenção de conquistar Kiev.

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Londres prometeu a Kiev 120 blindados e a empresa alemã Rheinmetall disse que poderia fornecer em dois meses alguns de seus 60 tanques Leopard-1 descomissionados, que estão em estoque, se Berlim permitir. Todos esses anúncios são  simbólicos, em termos da guerra que parece estar cada vez menos negociável. 

Veja comentário da cientista política Denilde Holzhackeno, no Jornal da Cultura.