O presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, nesta segunda-feira (11), sobre a demissão do ex-presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna. O mandatário afirmou que a empresa precisava de alguém “mais profissional”. A declaração foi realizada durante entrevista para o podcast Irmãos Dias.

“Eu indico para o Conselho a sua admissão e demissão. Um dos motivos principais (para a troca) é alguém mais profissional lá dentro para poder dar transparência. A Petrobras não usa seu marketing. Ela não fala. O que eu falei para vocês aqui (sobre a composição dos preços dos combustíveis) era para a Petrobras estar falando. Fica no meu colo. Tudo cai no meu colo na questão da Petrobras. Eu não apito nada e cai no meu colo. E obviamente é um ponto de desgaste enorme para mim”, explicou.

Leia mais: AGU pede que TSE não investigue Bolsonaro por suposto favorecimento no MEC

Silva e Luna foi demitido do governo em 28 de março. O principal motivo da exoneração foi o aumento de preços anunciado pela empresa. Em março, a companhia aumentou o preço da gasolina, do diesel e do gás natural. Enquanto a gasolina sofreu um aumento de 18,8%, o valor do diesel observou uma alta de 24,9%.

Após a saída de Luna e Silva, o governo indicou o economista Adriano Pires para ser o presidente da empresa. No entanto, Pires desistiu antes de assumir o cargo após conflitos de interesse, uma vez que é sócio de uma empresa que tem vínculo com o mercado de combustíveis.

Com a desistência, o governo federal anunciou a indicação de José Mauro Ferreira Coelho para presidir a Petrobras. Além dele, Marcio Andrade Weber foi o nome escolhido para presidir o Conselho de Administração da Estatal.

A Petrobras realiza eleição de membros do Conselho de Administração na Assembleia Geral Ordinária nesta quarta (13) .

Leia também: TJ-SP recusa pedido de liminar e mantém cassação contra Arthur do Val