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Despesas das famílias com saúde cresce mais do que gastos do governo, demonstra IBGE

Os dados são do levantamento Conta-Satélite de Saúde, que avaliou um período entre 2010 e 2019


14/04/2022 11h59

As despesas das famílias e das instituições sem fins lucrativos em consumo final de bens e serviços cresceu mais intensamente nos últimos anos do que os gastos do governo. Os dados são do levantamento Conta-Satélite de Saúde, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (14).

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Os resultados revelam que as despesas das famílias e instituições subiram de 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para 5,8% entre os anos de 2010 e 2019. Em relação ao mesmo período, as contas do governo ficaram praticamente estáveis, variando de 3,6% para 3,8% do PIB.

Nos comparativos, em número absolutos, as famílias e instituições gastaram R$ 427,8 bilhões com saúde. Já o governo, teve um gasto de R$ 283,6 bilhões. Sendo assim, a despesa total do país foi de R$ 711,4 bilhões, o equivalente a 9,6% do PIB.

A despesa por pessoa (per capita) com consumo de bens e serviços de saúde foi de R$ 2.035,60 para famílias e organizações e de R$ 1.349,60 para o governo. No decorrer dos anos avaliados, o maior gasto do governo no setor teve o pico em 2016. Para as famílias e instituições sem fins lucrativos, o maior registro aconteceu em 2019.

A principal despesa para famílias e instituições foi com a saúde privada, somando R$ 219,9 bilhões, incluindo gastos com planos de saúde e médicos. Os medicamentos ocuparam o segundo lugar, com R$ 122,7 bilhões. O programa do governo Farmácia Popular teve um recuo em 2019, representando uma queda de 17,2% em relação a 2017, momento em que atingiu o máximo da série histórica.

A pandemia da Covid-19, que teve início em 2020, só poderá ter os impactos da crise sanitária nas atividades econômicas do país avaliados nas próximas pesquisas do IBGE.

Em relação a outros países, as famílias brasileiras apresentam uma despesa maior com saúde, em porcentagem do PIB, do que a média dos que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é considerado um compilado de países ricos. Nestes locais, o gasto das famílias é de 2,3% do PIB e o governo fica com 6,5% do PIB em despesas.

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