Bolsonaro diz que acordo do WhatsApp com TSE “não será cumprido”
Acordo entre a empresa e o Tribunal visa o combate à desinformação durante as Eleições deste ano
15/04/2022 15h18
O presidente Jair Bolsonaro se manifestou nesta sexta-feira (15) sobre a decisão do WhatsApp de implementar novas atualizações no país somente depois das eleições, que acontecem em outubro. A decisão aconteceu a partir de um acordo da empresa com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O chefe do Executivo chamou a decisão de "inadmissível, inaceitável e que não será cumprida". Nesta quinta-feira (14), o WhatsApp divulgou novas atualizações da plataforma, o aplicativo vai implementar um recurso chamado ‘Comunidades’, que vai permitir que os administradores enviem mensagens a diferentes grupos ao mesmo tempo.
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"E já adianto que isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora abrir uma excepcionalidade no Brasil, isso é inadmissível e inaceitável. E não vai ser cumprido esse acordo que, porventura, eles realmente tenham feito com o Brasil com informações que eu tenho até esse momento", declarou Bolsonaro.
A medida do aplicativo pode facilitar a propagação de notícias falsas durante o pleito eleitoral, com isso, o aplicativo estabeleceu um acordo com o TSE para adiar a implementação no Brasil.
A declaração foi feita durante conversa com apoiadores ao longo da motociata, que aconteceu em São Paulo. O movimento foi intitulado de “Acelera para Cristo 2”, proporcionou mais encontro entre o presidente da República e seus seguidores. A motociata do presidente custou R$ 1 milhão aos cofres públicos. A informação é da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Governo de São Paulo.
Durante a fala, o mandatário afirmou que é a decisão do adiamento não está prevista em lei.
“O WhatsApp passa a ter uma nova política para o mundo, mas uma especial para o Brasil. Censura, discriminação, isso não existe. Ninguém tira o direito de vocês, nem por lei, quem dirá por um acordo”, completou.
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