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Mesmo com os números de casos, internações e mortes por Covid-19 caindo no Brasil, não é hora de relaxar. Quem diz isso é a OMS (Organização Mundial da Saúde). Para o comitê da agência, a pandemia ainda não acabou e segue afetando negativamente a saúde de diversos países.

Com a contínua contaminação, há maiores chances de uma nova variante se desenvolver e criar uma onda de contaminações, como aconteceu com a ômicron. O comitê ainda reforçou que a queda nos casos e nos óbitos não significam menor risco da doença.

A orientação acontece quando Coréia do Sul e China sofrem com novos surtos. Os coreanos estão com a maior média móvel de casos no mundo, com mais de 182 mil testes positivos por dia. Em Xangai, cidade chinesa mais populosa, implementou um rigoroso lockdown a população.


Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, a capacidade de monitorar tendências do comportamento da pandemia está comprometida porque a testagem foi significamente reduzida em vários países.

Atualmente, a OMS acompanha várias sub-linhagens da ômicron, incluindo a BA.2, a BA.4 e a BA.5 e outra recombinante detectada composta por BA.1 e BA.2.

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A principal cientista da OMS, Soumiya Swaminathan, ainda alertou que sublinhagens e novas recombinantes continuarão a aparecer, e o mundo deve continuar investindo em ferramentas aprimoradas, como novas vacinas. "Temos que estar preparados para a possibilidade de que esse vírus possa mudar tanto que possa escapar da imunidade existente", destacou.

Vale destacar que a vacinação contra a Covid-19 ainda segue muito desigual. Enquanto o Brasil tem mais de 75% da população com as duas doses do imunizante, 21 países não vacinaram nem 10% de suas populações. Atualmente, 64,8% da população mundial recebeu pelos menos uma dose do imunizante contra a Covid-19.