Assassinatos no campo aumentam 75% em 2021
De acordo com a CPT, indígenas e trabalhadores sem-teto foram as maiores vítimas
18/04/2022 16h40
Segundo o relatório anual da Comissão Pastoral da Terra (CPT), os indígenas Yanomami foram as maiores vítimas por conflitos no campo, com 101 mortes registradas, o que representa um aumento de 1.000% em relação a 2021. O território indígena é um dos mais afetados pelo garimpo ilegal.
As mortes dos trabalhadores sem-terra aumentaram em 350%, de dois homicídios em 2020 para nove em 2021. A Amazônia concentra 28 dos 35 assassinatos, sendo que 33 vítimas eram homens e duas eram mulheres.
Ainda de acordo com a CPT, 2.143 famílias foram despejadas, aumento de 12%.
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Dados parciais indicam que em 2022 já são 14 assassinatos por conflitos no campo, 4 apenas no Pará.
Ao todo, 100 pessoas foram presas no ano passado, um aumento de 45% em relação a 2020. Dessas, 30 foram detidas em Rondônia. Em 2020, foram 69 prisões computadas.
Os estados com maior número de assassinatos: Rondônia, com 11; Maranhão, com 9; Roraima, Tocantins e Rio Grande do Sul, cada um com 3.
Veja a reportagem do Jornal da Tarde:
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