Erika Hilton (PSOL) assume nesta segunda-feira (9) a liderança da bancada do Partido Socialismo e Liberdade na Câmara Municipal de vereadores de São Paulo. Além de ser a primeira travesti a ser eleita pela capital paulista e a vereadora mais votada no país, a ativista agora será a primeira travesti a ocupar espaço de liderança partidária.
“Quando fui eleita, costumavam me perguntar se eu não achava que poderia queimar pontes com setores mais amplos, conservadores, trazendo as pautas que são inerentes à minha existência: negritude, LGBTs, direitos humanos”, diz Erika. A parlamentar atualmente preside pelo segundo ano consecutivo a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara.
A política ainda se colocou como “uma das vereadoras mais atuantes da Câmara, com ampla produção legislativa em todas as áreas” e disse que dará andamento aos “projetos progressistas e combater os que, em nossa visão, querem prejudicar a cidade e sua população”.
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“Através da nossa capacidade de articulação política ampla, conseguimos aprovar projetos importantíssimos que beneficiam toda cidade, presidir uma Comissão e uma CPI, algo inédito para um partido ideológico, como o PSOL, e para pessoas trans de todo Brasil”, afirma Erika.
“Se enganam os que reduzem as pautas de direitos humanos a pautas identitárias, menores, e os que esperam de mim uma atuação política nichada, segmentada. Chegamos na política para romper barreiras, interseccionar lutas e atuar em todas as áreas. Da saúde, educação, meio ambiente, transporte, administração pública, geração de emprego”, conclui.
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