O ministro da Educação, Victor Godoy, prestou esclarecimentos na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (11). Godoy atendeu o pedido da Comissão de Educação, de Fiscalização e Controle e do Trabalho para prestar esclarecimentos sobre suspeitas de irregularidades em repasse de recursos do Ministério a municípios.
As investigações sobre a irregularidade de verbas aconteceu ainda na gestão de Milton Ribeiro, que foi exonerado após os escândalos serem revelados. Victor Godoy era secretário-executivo da Pasta. O ministro foi ouvido por cerca de seis horas.
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A Comissão pretende ouvir o ministro sobre os supostos casos de corrupção encontrados na pasta. Godoy afirma que os esteve em eventos com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, mas não teve contato direto.
"Informo que as únicas vezes que participei de eventos com as presenças dos pastores citados nas reportagens foi a convite do ministro [Milton Ribeiro] para compor a mesa de abertura. Todos os três eventos em que participei nessa qualidade foram realizados no auditório do MEC", disse Godoy.
A crise no MEC começou quando o jornal Folha de S.Paulo divulgou uma gravação que mostra o presidente Jair Bolsonaro (PL) pedindo a liberação de recursos do Ministério da Educação para prefeituras que negociaram o repasse com dois pastores, que não possuem cargos no Ministério da Educação. Os pastores seriam Gilmar Santos e Arilton Mourado.
"Não participei de agendas com os pastores. Não era do meu conhecimento. O ex-ministro da Educação, nunca solicitou ou impôs que eu realizasse qualquer ato em desacordo com a pátria", afirmou.
Godoy ainda contou que assim que soube das denúncias, encaminhou à Controladoria-Geral da União, com a autorização de Milton Ribeiro.
"Assim que tomei conhecimento das denúncias, sugeri ao ministro ações para que fossem investigadas pela CGU. Pessoalmente, reduzi a termo os relatos a mim declarados e encaminhei, com autorização do ministro, para a CGU. Decidi que o caminho da prudência era o melhor a ser trilhado", completou.
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