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Reprodução - Agência Senado / Arquivo Nise da Silveira
Reprodução - Agência Senado / Arquivo Nise da Silveira

Jair Bolsonaro (PL) vetou a menção de Nise da Silveira no livro dos “Heróis e Heroínas da Pátria”. A decisão foi publicada na edição desta quarta-feira (25) do Diário Oficial da União (DOU). A homenagem à médica psiquiatra foi aprovada pelo Senado Federal há quase um mês.

Para justificar o veto, o presidente da República afirmou que não é possível mensurar o impacto dos feitos da alagoana “no desenvolvimento da nação, a despeito de sua contribuição para a área da terapia ocupacional”.

“Ademais, prioriza-se que personalidades da história do país sejam homenageadas em âmbito nacional, desde que a homenagem não seja inspirada por ideais dissonantes das projeções do Estado Democrático”, completou o chefe do Executivo.

Quem foi Nise da Silveira?

Nascida no dia 15 de fevereiro de 1905 em Maceió, capital do Alagoas, Nise foi uma médica que revolucionou o tratamento mental no Brasil. A psiquiatra também foi aluna de Carl Gustav Jung, um dos principais nomes da psicanálise e fundador da psicologia analítica.

Formada em 1926, ela foi a única mulher dentre os 158 estudantes de sua turma. Nise se autodefinia como uma “psiquiatra rebelde” por questionar os métodos utilizados na época, como lobotomia e eletrochoque, por exemplo. A médica chegou a ser presa, acusada de propagar ideias extremistas.

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Durante seu tempo na prisão, ela iniciou a terapia por meio das artes e colocou diversas ideias em prática. Seus estudos também envolvem o uso de animais como ajuda para os tratamentos psiquiátricos.

Uma das principais causas pela qual Nise ficou conhecida foi a luta antimanicomial. A médica lutava por um tratamento mais humano para os pacientes com transtornos mentais. Um de seus livros mais famosos é o exemplar “Jung: vida e obra”.

Nise faleceu no Rio de Janeiro, em 30 de outubro de 1999, aos 94 anos de idade. Após ter uma pneumonia, o quadro se agravou e ela foi levada a uma insuficiência respiratória aguda.