Profissionais de saúde contratados na pandemia informam demissões repentinas em SP
Gestão municipal anunciou que os hospitais abertos durante a pandemia reforçariam o atendimento à população, o que não ocorreu
31/05/2022 11h12
Profissionais de saúde de hospitais municipais de São Paulo relatam demissões repentinas em massa e a fragilidade do atendimento nas unidades de saúde.
Leia mais: Ucrânia diz que russos controlam metade de Sievierodonetsk
Os desligamentos dos funcionários começaram há duas semanas no Hospital Municipal da Brasilândia. Ao menos 150 pessoas foram demitidas por conta da diminuição dos leitos de Covid.
"Eu posso dar o exemplo do Hospital de Pirituba, do dia pra noite 300 pessoas não faziam mais parte da equipe e o hospital teve que se reorganizar", diz Luciana Tahan, diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo.
Segundo o Sindicato, mais de 500 profissionais contratados nos últimos dois anos de forma emergencial pelas organizações sociais, que administram os hospitais municipais, foram demitidos desde o fim do ano passado.
Em 2021, a prefeitura chegou a comunicar que os hospitais abertos durante a pandemia reforçariam o atendimento geral à população, quando a ocupação de leitos diminuísse.
De acordo com Lili Silva, coordenadora do movimento "A Saúde na Brasilândia pede socorro", com a diminuição dos casos de Covid, o hospital pudesse ser aberto para a população, conforme foi prometido pela gestão municipal, mas isso não ocorreu.
“Afinal, ele foi construído, um dos objetivos é atender a população aqui, que é super carente de pronto-socorro, de pronto atendimento, de hospital, só que isso nunca aconteceu”, declara Lili.
Leia também: Indústria tabagista causa graves danos ao meio ambiente, alerta OMS
REDES SOCIAIS