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Recentemente, a Prefeitura de São Paulo voltou a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados para a proteção contra a Covid-19. Apesar da determinação, não retornou com a obrigatoriedade.

Mesmo com uma queda gradual nas mortes, o número de contágios pelo coronavírus voltou a crescer no país, com uma média móvel superior a 26 mil testes positivos diários nos últimos sete dias. É a primeira vez em dois meses que a média móvel de contaminações ultrapassa a marca dos 25 mil.

Para Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), há uma subnotificação nos testes positivos para a infecção. “O número de casos que são divulgados é muito menor do que os casos que estão acontecendo mesmo. Com a disponibilidade dos autotestes, muita gente comprou o teste, fez em casa, deu positivo e ele ficou lá, quietinho. Avisou os amigos e pronto. Não notificou, porque o Brasil liberou o autoteste sem planejar”, afirmou a médica.

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“Esses casos não são contabilizados, quem faz de casa. Então a gente tem, com certeza, um número maior (de novas infecções pelo coronavírus no país). Além do que muitas pessoas não estão testando porque diminuiu a preocupação com a Covid-19”, completou.

A médica também aponta que a flexibilização se deu em um momento inoportuno: “outono e inverno são meses em que você tem a temperatura mais baixa, maior circulação de todos os outros vírus respiratórios, a gente já sabia dessas novas variantes com poder de transmissão”

Raquel completou que, na época em que a obrigatoriedade foi derrubada, havia "variantes novas chegando e se transmitindo mais e a chegada de uma estação do ano onde, não só os vírus circulam mais, como as pessoas vão ficar mais agrupadas em locais sem ventilação.”

Ter esses números aumentando não é surpresa para nós. E nesse sentido, eu, que já era contra tirar (a obrigatoriedade do uso de máscaras naquela época), continuo pensando a mesma coisa”, frisou a consultora da SBI.

Ela também lamentou que "São Paulo tenha decidido por recomendar (o uso de máscaras) e não ser mais enfático, com a obrigatoriedade”. Para a infectologista, “fica frouxo.” 

Raquel destacou que seria "mais fácil" ter mantido a obrigatoriedade "até o final do inverno", pois a população já estava acostumada com as máscaras

Outro fator que dificulta o combate, para a médica, é o fim da emergência sanitária, pois quando o país estava sob esse decreto, todas as decisões que envolvem o aumento de leitos e despesas relacionadas à saúde eram tomadas mais rapidamente.