Notícias

Boris Johnson não deixará o cargo de primeiro-ministro

Votação do parlamento contra o premiê foi motivada por festas em gabinetes do governo que quebraram regras de lockdown da Covid-19, na Inglaterra


06/06/2022 17h47

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, enfrentou, nesta segunda-feira (6), uma votação do parlamento que poderia o ter retirado do cargo.

O parlamento britânico votou a chamada moção de desconfiança, uma consulta para averiguar se os deputados confiam que o primeiro-ministro tem capacidade para permanecer liderando o governo. Com 148 votos pedindo sua saída e 211 a favor dele, Johnson permanece como primeiro-ministro e não pode sofrer nova moção pelos próximos 12 meses.

Leia também: Curitiba tem Semana Cultural Britânica em comemoração ao jubileu da rainha Elizabeth II

O primeiro-ministro britânico foi contestado no cargo após escândalo envolvendo festas em gabinetes do governo que quebraram regras de lockdown da pandemia da Covid-19, na Inglaterra. O caso ficou conhecido como Partygate.

Segundo as regras do governo britânico, o Partido Conservador, o mesmo do primeiro-ministro, precisa que 15% dos seus parlamentares apresentem uma carta com o pedido, ainda que de forma secreta. Graham Brady, funcionário do partido, informou que 54 dos 359 deputados fizeram o pedido, o que ativou a votação.

Para permanecer no cargo são necessários 180 votos, o que representa a maioria simples (50%). A votação é secreta. Quando não alcança a maioria dos votos, o partido declara que não tem confiança no primeiro-ministro e é preciso escolher outro representante.

'Partygate'

Conhecido como Partygate, em referência ao caso Watergate que derrubou o presidente americano Richard Nixon em 1974, o escândalo enfurece os britânicos a tal ponto que apenas 27% defendem a permanência premiê no cargo, de acordo com uma pesquisa feita pela YouGov para a Sky News.

O principal assessor de Johnson, Martin Reynolds, mandou em maio de 2020 um e-mail para 100 funcionários de Downing Street, convidando-os a aproveitar o clima bom em uma reunião no jardim da residência oficial do governo.

Diante do Parlamento, Boris Johnson lamentou o ocorrido: "Quero pedir desculpas. Sei da raiva do povo britânico quando pensam que as regras não são seguidas por aqueles que as estabelecem".

O discurso de Johnson não foi convincente o suficiente, ainda mais por este ter sido apenas mais um entre os eventos que ele é suspeito de ter organizado em momentos de proibição.

A polícia britânica emitiu um total de 126 multas por festas realizadas no gabinete do primeiro-ministro. Johnson e sua esposa foram multados em abril por um encontro no gabinete para comemorar o aniversário de 56 anos do primeiro-ministro, em junho de 2020.

Leia também: Anac aprova editais de Congonhas e outros 14 aeroportos e leilão acontece em 18 de agosto

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

PGR pede que denúncia contra Milton Ribeiro por homofobia seja levada à Justiça Federal

Anac aprova editais de Congonhas e outros 14 aeroportos e leilão acontece em 18 de agosto

Curitiba tem Semana Cultural Britânica em comemoração ao jubileu da rainha Elizabeth II

Monark diz se arrepender de ter pedido desculpas por fala polêmica envolvendo nazismo

IBGE irá recorrer da decisão da Justiça Federal do Acre sobre Censo Demográfico 2022