“O modelo econômico atual não é sustentável”, diz Haddad no Roda Viva
Segundo o petista, o modelo prejudica a economia e os aspectos sociais
06/06/2022 22h44
O Roda Viva recebe o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) ao Governo do Estado de São Paulo, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (6).
Prefeito de São Paulo entre 2013 e 2016, ocupou outros cargos políticos, como de Ministro da Educação no Governo Lula entre 2005 e 2012. Já em 2018, concorreu à eleição para Presidente da República e foi derrotado nas urnas, no segundo turno por Jair Bolsonaro (PL).
No programa, o pré-candidato fala sobre a economia do Estado de São Paulo e a desigualdade que permeia o maior estado do país. O Mapa da Desigualdade, realizado pela pela Rede Nossa São Paulo, em 2021, mostrou que um morador do bairro Alto de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, vive cerca de 22 anos a mais do que um morador da Cidade Tiradentes, no extremo da Zona Leste da capital paulista.
O candidato comenta sobre a relação empresariado e trabalhador e afirma que os salários dos funcionários precisam ser valorizados .
“O empresariado pensa no balanço do final do ano. A economia do Brasil não cresce há muitos anos, e os lucros estão aumentando. Não tem mágica. Os lucros estão aumentando, e os empresários estão apoiando Bolsonaro, porque os salários estão caindo e não porque a economia está crescendo. O trabalhador está perdendo e o empresariado ganhando. A conta não fecha”, explica.
Em abril, a inflação chegou a 1,06%, a maior para o mês em 26 anos, segundo os dados d”o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 12 meses até abril, o salto do indicador foi de 12,13%, maior taxa registrada desde outubro de 2003. Além disso, a taxa básica de juros segue em dois dígitos, o que prejudica os mais vulneráveis economicamente.
“O regime econômico atual é insustentável, e não só econômico, mas também do ponto de vista social. Há mais de 600 mil pessoas em situação de rua na região metropolitana de São Paulo. 38% dos brasileiros ganham apenas um salário mínimo. Se a gente não olhar para esse lado da sociedade, se a gente só olhar para a bolsa, para o lucro, nós vamos aplaudir o Bolsonaro”, completa.
Haddad ainda conta que está em contato com o empresariado. O petista afirma que é necessário um programa de médio e longo prazo para a economia brasileira. “O modelo econômico não é sustentável nem economicamente e nem socialmente”.
Assista ao trecho:
Participam da bancada de entrevistadores Joyce Ribeiro, apresentadora do Jornal da Tarde da TV Cultura, Gustavo Schmitt, repórter do jornal O Globo, Bruno Carazza, colunista do jornal Valor Econômico, a jornalista e apresentadora da Rádio CBN Cássia Godoy, e a editora da coluna do Estadão Mariana Carneiro.
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Com apresentação de Vera Magalhães, o programa irá ao ar ao vivo às 22h, na TV Cultura, site da emissora, canal do YouTube, Dailymotion, e nas redes sociais Twitter e Facebook.
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