O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar sobre o assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, nesta segunda-feira (11). Ao ser questionado por jornalistas no Palácio do Planalto, ele retrucou dizendo que não tem nada a ver com o episódio e reclamou de quem busca associá-lo ao ato.
"Quando o Adélio me esfaqueou, ninguém falou que ele era filiado ao PSOL. Agora, o que eu tenho a ver com a com esse episódio [de Foz do Iguaçu]?", questionou o presidente.
Arruda foi morto a tiros na madrugada do último domingo (10) durante a celebração do seu aniversário de 50 anos. A decoração fazia referências ao PT e ao pré-candidato à presidência Lula. O atirador se chama Jorge Guaranho e, antes de efetuar os disparos, gritou “Aqui é Bolsonaro”.
Guaranho também foi atingido por tiros, mas não morreu. Ele está internado em estado grave, mas em condição estável.
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O presidente, assim como fez em suas redes sociais ontem, alegou que não pode ser responsabilizados por episódios de ódio no país.
"Eles querem me criminalizar o tempo todo. Tentando bater na mesma tecla, como se eu fosse responsável pelo ódio no Brasil. Pelo amor de Deus. Só falta daqui a pouco ter briga de torcida e me criminalizar também”, disse.
Apesar disso, admitiu que há uma polarização no Brasil e disse ser contra a violência.
"Eu sou contra qualquer ato de violência. Eu já sofri disso na pele. A gente espera que não aconteça, obviamente. Está polarizada, a questão. Agora, o histórico de violência não é do meu lado. É do lado de lá”, finalizou.
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