Fundação Padre Anchieta

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Montagem TV Cultura
Montagem TV Cultura

Educação é um tema que sempre aparece nas eleições. A importância do assunto gera debate entre os pré-candidatos, independente do cargo que estão concorrendo. No Roda Viva, Fernando Haddad (PT); e o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), falaram sobre o tema e apresentaram propostas.

Um estudo realizado pelo IMD World Competitiveness Center comparou a prosperidade e a competitividade de 64 nações. O levantamento pesquisou ainda sobre a qualidade da educação entre os países participantes.

O Brasil teve a pior avaliação entre as nações analisadas, alcançando a 64ª posição. Segundo a pesquisa, o mundo investe em média US$ 6.873 (cerca de R$ 34,5 mil) por estudante anualmente, enquanto o Brasil aplica apenas US$ 2.110 (R$ 10,6 aproximadamente). O levantamento foi divulgado em 2021.

Outro estudo, realizado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. Promovida (PISA) pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), mostra que estudantes brasileiros em fase de conclusão do ensino fundamental não têm domínio satisfatório em leitura, matemática e ciências. No que se refere à leitura, apenas 2% dos jovens se mostraram capazes de diferenciar fatos de opiniões.

Em São Paulo, os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mostram que o ensino médio de São Paulo tem um dos quatro maiores índices de qualidade do Brasil. Os números foram divulgados em 2020.

O Inep calculou para 2019 o Ideb de 2.778 escolas públicas de ensino médio. O cenário é pior em relação à edição anterior do Ideb, de 2015, quando São Paulo parecia no topo, juntamente com Pernambuco.

Em 2021, o governo de São Paulo anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhão em novos recursos para 5,1 mil escolas da rede estadual de ensino, a partir do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE-SP). Ao todo, desde 2019 foram R$ 2,7 bilhões destinados pela atual gestão de João Doria as escolas estaduais.

No Brasil, uma pesquisa divulgada pela organização não governamental Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), mostra que em 2021 o gasto público com a educação atingiu o menor patamar desde 2012.

Em 2021, o valor da educação foi de R$ 129,8 bilhões, cerca de R$ 3 bilhões superior ao de 2020. No entanto, a execução financeira foi menor, e chegou a R$ 118,4 bilhões.

Confira o que os pré-candidatos falaram sobre educação e suas propostas:

“Governador tem que ter mais compromisso com os prefeitos. Vou lançar um plano estadual de alfabetização para atender os prefeitos no pós-pandemia. Muitos não estão conscientes do nível de dificuldade e obstáculos que terão que superar. Fiz isso quando estava em Brasília e fui o ministro com os melhores índices de alfabetização da história”, explicou.

“Ampliar o ensino médio em tempo integral. O que eu vejo de mais adequado é o investimento em Institutos Federais e no Centro Paula Souza. Nós temos que oferecer um ensino médio com caráter terminativo, que tenha condições de exercer sua profissão e seu direito de cidadão”, avaliou.

Evasão escolar: “Estamos perdendo os alunos, vou criar um plano estadual de assistência estudantil.

O candidato ainda disse que pretende manter da política do atual governo, se for eleito.

“Eu pretendo constitucionalizar a autonomia financeira das universidades estaduais de São Paulo [USP, Unesp e Unicamp], para que os governadores possam respeitar a autonomia universitária”, ressaltou.

Haddad ainda contou o plano para o crescimento da carreira de professor: “Não tem saída sem a valorização do professor. O Bolsonaro tirou o programa institucional de bolsas de iniciação à docência. Vou dar condições ao jovem que quer ser professor de começar a ganhar a partir do seu primeiro de licenciatura", finalizou.

Tarcísio de Freitas (Republicanos):

Educação sexual: 

“Educação sexual nas escolas eu não sou contra. Sou contra a ideologia de gênero. Eu considero que a escola precisa dar é a ferramenta. O que me preocupa na formação dos jovens é ele ter ou não perceptiva. Me preocupa ele ter é o jovem completar o seu ciclo e não ter ferramentas para ingressar no mercado no trabalho. Isso me preocupa. Sobre a educação sexual, é a prevenção, questão da saúde, questão do controle de natalidade, do planejamento familiar. Eu acho que são pontos importantes", afirmou. 

Homeschooling

Em 19 de maio, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza o homeschooling, também conhecido como ensino domiciliar, no Brasil. A modalidade é proibida no país por conta de uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

O texto ainda será analisado pelo Senado. Na Casa pode sofrer alterações, caso os parlamentares optem por mudanças, o projeto volta à Câmara. Se for aprovado, segue para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro. 

O projeto do PL propõe uma alteração no entendimento na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). A proposta prevê uma mudança para admitir o ensino domiciliar na educação básica, ou seja, pré-escola, ensino fundamental e médio. Com a mudança na lei, os pais passariam a ser responsáveis pela educação dos filhos. No entanto, não são todas as famílias autorizadas para a prática da modalidade. O projeto prevê algumas exigências.

"Defendo a liberdade, acho que cada pai precisa ver o que é melhor para o seu filho. Mas o convívio na escola é fundamental. Nos temos um desafio enorme em termos de educação imposto pela pandemia. Nós tivemos um afastamento dos alunos das escolas. Nós precisamos correr atrás do tempo perdido. precisamos combater a evasão, acolhimento, adequar currículos e cargas escolares e infraestrutura", concluiu. 

Rodrigo Garcia (PSDB)

Falta de professores 

“Todo desafio nós temos 203 mil professores em São Paulo, e nós temos falta de cerca de 2500, mas já estamos em fase de contratação. Até o final do ano a meta é zerar o ensino online. Estamos usando a Unifesp para também formar professores para a rede pública. Também é um conjunto de ações que o estado deve fazer para ter uma educação de qualidade. o futuro de São Paulo é o ensino de tempo integral e é o ensino médio integrado ao ensino técnico”, disse. 

Qualidade de ensino 
"A educação e o futuro de São Paulo, se eu terei uma obsessão no próximo mandato, é educação e emprego. que a rede pública de São Paulo se transforme em uma rede 100% integral. A prioridade é o ensino integral. Nós precisamos ofertar aos alunos do ensino médio integral a oportunidade de fazer a dupla jornada e o ensino técnico concomitante. Hoje, o ensino médio não estimula de permanecer na escola", afirmou.