O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin, deu cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro e seu partido, o PL, se manifestem, em até cinco dias, sobre os ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral proferidos durante encontro com embaixadores.
A determinação aconteceu nesta quinta-feira (21). O ministro atendeu a um pedido do PDT, a sigla solicitou, na terça-feira (19), a exclusão do vídeo da apresentação de Bolsonaro das redes sociais.
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Além de Bolsonaro, o PDT e o pré-candidato Ciro Gomes, autores do pedido, também deverão se pronunciar no prazo determinado.
“Da leitura da petição inicial extrai-se da causa de pedir que os fatos retratados indicam que a prática de desinformação volta-se contra a lisura e confiabilidade do processo eleitoral, marcadamente, das urnas eletrônicas”, disse o ministro.
Fachin destacou ainda que se manifestará sobre a exclusão do vídeo somente após a explicação das partes envolvidas no caso. O conteúdo está disponível nos perfis de Bolsonaro no Facebook, Instagram e YouTube.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar os ministros do TSE e colocar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro de urnas eletrônicas. A declaração aconteceu durante o encontro com embaixadores de cerca de 40 países nessa segunda. Os argumentos apresentados pelo presidente já foram desmentidos por órgãos oficiais, principalmente pelo TSE, que já atestou a segurança das eleições e do sistema eleitoral.
“Nós queremos, obviamente, estamos lutando, para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro”, declarou. “Nós queremos corrigir falhas. Queremos transparência. Nós queremos democracia de verdade”, disse na ocasião.
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