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Reprodução/Instagram @italopenarrubia
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A discussão sobre o uso do canabidiol (CBD) é, muitas vezes, acompanhada por mitos sobre os produtos à base de cannabis com fins medicinais. Um levantamento do PoderData, divulgado na última terça-feira (26), apontou que a aprovação do uso da cannabis para tratamentos médicos diminuiu.

Em janeiro, 61% dos consultados da pesquisa eram favoráveis à liberação do uso medicinal da maconha. Em julho, esse índice caiu para 54%. Os números refletem certa desinformação com relação ao uso do CBD e que ele pode ser, inclusive, um aliado dos atletas para diversos quadros clínicos.

O site da TV Cultura conversa com o skatista Italo Penarrubia, recente medalhista de bronze no Mega Park do X Games, que relata como o Canabidiol o ajuda no esporte há cerca de cinco anos.

“Comecei o uso por conta de várias lesões que tive durante minha carreira e muitas dores e mal jeito durante os treinos”, diz o atleta. Mesmo com o objetivo de aliviar dores, Italo percebeu melhora em outros aspectos, como a ansiedade, qualidade do sono e até no foco durante os treinos.

O Dr. Renato Ahghinah, neurologista e especialista em tratamentos com a cannabis, diz em conversa com o site da TV Cultura que os produtos derivados da planta já são comprovadamente eficazes contra ansiedade e distúrbios do sono, por exemplo.

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“Atletas sofrem muita pressão em competições e nos treinos, estão sempre em busca de resultados melhores e isso é um trabalho contínuo. Muitos atletas até deixam de jogar alguns torneios ou recusam porque têm que tratar da saúde mental”, reconhece o neurologista.

Segundo o especialista, o uso do CBD melhora o desempenho dos atletas não na questão da performance, mas no sentido da qualidade. “Eles sentem um conforto que é capaz de aliviar uma série de sintomas, como ansiedade, distúrbio do sono, dores crônicas e processos inflamatórios”, explica.

O Dr. Renato Ahghinah reforça que não há contraindicações ao CBD isolado. “Isso é é muito mais relacionado ao tetra-hidrocarbinol (THC)”, diz. “Só pra deixar bem claro que não tem nada a ver com a maconha: Esses produtos que estamos falando tem doses baixas de até 0,3%, e na maconha a gente tem cerca de 5% de THC. Então é quase entre 15 e 20 vezes menos”.

A Olimpíada 2020 de Tóquio, que aconteceu em 2021 por conta da pandemia de Covid-19, foi a primeira Olimpíada na qual o uso de corticoides estava proibido enquanto o Canabidiol estava liberado pela Agência Mundial Antidoping (WADA). “Abriu uma nova fase de uso bastante amplo dos atletas desse tipo de substância. Atletas dos EUA e da Europa se apoiam muito para usar o CBD”, conta.

Sobre o mercado de produtos à base de Cannabis no Brasil, o skatista Italo Penarrubia vê que no país ele ainda está tomando seu espaço, enquanto nos Estados Unidos o CBD já “faz parte da rotina de milhares de pessoas e atletas”.

“Faço uso do CBD há 5 anos e conheci o medicamento na Califórnia (EUA) por conta do fácil acesso e das muitas informações que são acessíveis. A maioria dos atletas que moram na Califórnia fazem uso do CBD”, revela o skatista. “O Brasil está obtendo agora as milhares de comprovações de que o medicamento realmente nos traz muitos benefícios”.

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O também skatista Bob Burnquist já esteve no programa Manhattan Connection, da TV Cultura, e explicou os motivos de ser a favor do uso de plantas como a cannabis na medicina.

“Estando ilegal, a gente acaba incentivando o mercado negro", disse. Assista ao trecho: