A viagem da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, nesta terça-feira (2), gerou um aumento nas tensões entre os Estados Unidos e a China. Antes da viagem, Pequim disse considerar a visita uma provocação e prometeu resposta ofensiva aos Estados Unidos.
Hoje, aviões de guerra chineses sobrevoam a linha que divide o Estreito de Taiwan. A China considera a ilha, que tem uma população de 24 milhões de habitantes, uma de suas províncias históricas, mas não controla o território.
Um dia antes de iniciar a guerra na Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que "Taiwan não é a Ucrânia e sempre foi uma parte inalienável da China".
O governo chinês se opõe a qualquer contato entre os representantes de Taiwan e os de outros países. O governo da China aumentou a pressão militar e diplomática contra a ilha desde a eleição da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, em 2016, que é uma política a favor da independência de Taiwan.
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Após a revolução chinesa, no fim da década de 1940, os EUA reconheceram Taiwan como o governo chinês legítimos. Isso seguiu assim até o governo de Richard Nixon. Atualmente, Taiwan conta com amplo apoio do Congresso dos EUA, tanto que as ameaças de Pequim apenas levaram a pedidos para que Pelosi continuasse sua jornada.
Nancy Pelosi é a segunda pessoa na linha de sucessão de Joe Biden. Ela é a figura mais importante da politica dos EUA no território Taiwanês desde 1997, quando Newt Gingrich visitou a região.
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