Os acadêmicos da USP e FAPESP desenvolveram um modelo matemático que confirmou o morcego como o animal mais provável de hospedar o vírus Sars-CoV-2; o estudo foi divulgado na revista “Scientific Reports”.
“Cruzamos informações da proteína S, a espícula [a parte que se liga ao receptor humano ou animal] de diferentes coronavírus num modelo de aprendizado de máquina. Chegamos ao morcego como o mais provável hospedeiro inicial do Sars-CoV-2”, disse Irina Yuri Kawashima, doutoranda da USP que atuou na pesquisa.
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A expectativa é que este novo modelo possa auxiliar futuros casos com vírus da mesma família, considerando que o projeto conseguiu observar também o animal como hospedeiro do Sars-CoV e Mers, outras variações do coronavírus.
“O resultado é um alerta para a necessidade de uma maior vigilância em relação ao surgimento de novos vírus. O desmatamento e as mudanças climáticas, entre outras causas, podem nos expor ao contato com vírus que infectam animais e que podem passar a infectar humanos”, declarou Ronaldo Fumio Hashimoto, professor do IME-USP e coordenador da pesquisa.
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