O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta sexta-feira (19) que não faz parte de sua cultura política "ficar disputando voto religioso". A fala foi realizada a jornalistas após uma reunião com o candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), em São Paulo.
"Não quero ficar disputando voto religioso porque acho que não faz parte da minha cultura política estabelecer qualquer princípio de guerra santa numa política", disse.
“Eu nunca utilizei religião na minha campanha. Acho que quando um ser humano, homem ou mulher, vai à igreja, ele vai tratar da sua fé, vai tratar das suas dignidades, sabe, ele não vai lá para discutir política. Eu não participarei disso”, acrescentou.
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O petista destacou ainda que não tem restrições a religiões de brasileiros.
"Quero conversar com os eleitores brasileiros enquanto cidadãos brasileiros. A mim, não importa se ele seja evangélico, católico, seja da religião islâmica, judaica, se ele seja da matriz religiosa africana, sabe, não importa", afirmou.
“Não importa a religião, o que importa é que eu quero conversar com homens e mulheres do Brasil que tenham idade para votar, acima de 16 anos, para discutir com eles o tipo de país que a gente quer construir. Quando eu vou para a igreja eu quero discutir a questão da minha fé, eu quero discutir religião, eu quero conversar com Deus, eu não quero discutir política, finalizou o candidato.
A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (18) mostra que Lula pontua melhor entre os mais pobres, os que se declaram pretos e os que vivem na região Nordeste. Eleitores com renda de até 2 salários mínimos (55%); Moradores da região Nordeste (57%); Autodeclarados pretos (60%); Homossexuais ou bissexuais (69%).
O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai melhor entre os mais ricos, os brancos, os evangélicos e os que vivem na região Norte. Quem tem renda superior a 10 salários mínimos (43%); Moradores da região Norte (43%); Autodeclarados brancos (38%) e Evangélicos (49%).
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