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Reprodução: TV Cultura
Reprodução: TV Cultura

O Estação Livre desta sexta-feira (19) conversou sobre o cinema brasileiro.

Um dos mais renomados filmes nacionais, “Cidade de Deus” completa 20 anos do seu lançamento. A obra é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Paulo Lins, que conversou com o Estação:

Veja a reportagem completa:

Segundo o autor, a proposta do livro era científica e antropológica para tentar melhorar a vida da população periférica, mas acabou se tornando um romance de maneira involuntária.

“Eu não sabia escrever cientificamente. Acabou sendo um sucesso como arte, mas como trabalho social, que era minha intenção, não”, lamentou o escritor.

Paulo ainda explicou que o livro retrata a própria história. “Eu vivi isso tudo. Eu sou favelado”.

O ator Darlan Cunha interpretou o personagem ‘Filé’ no filme. Ele conta a importância da produção audiovisual em sua vida profissional:

“Foi o divisor de águas na minha carreira. Enquanto a gente gravava Cidade de Deus, a Globo resolveu fazer ‘Cidade dos Homens’, então acabou que uma coisa gerou outra e tomou essa proporção toda”, disse.

Apesar do sucesso, Darlan vê pontos negativos na repercussão do filme.

“É bom entender o quanto é complicado viver naquele lugar, porque as pessoas hoje em dia tem uma visão muito turística. Enquanto isso, estão tendo chacinas no Rio de Janeiro em operações policiais”, alertou o ator.

Segundo Paulo Lins, a comunidade não melhorou após as obras. O escritor não nega a decepção e acredita que para isso acontecer, são necessárias mudanças no sistema.

“O que tem que mudar é a distribuição de renda e a desigualdade social e racial [...] Eu achava que (o livro) caindo nas mãos de políticos pudesse mudar algo. Espero que agora com os 20 anos do filme, isso volte a ser discutido e que o novo presidente, sem ser esse que está aí, possa colocar as políticas sociais em prática”, concluiu.

Leia mais: Toda vez que temos um protagonista negro nós temos que celebrar”, afirma cineasta

Assista ao programa na íntegra:

O programa Estação Livre é apresentado pela jornalista e empreendedora Cris Guterres, considerada pela revista Forbes uma das criadoras de conteúdo mais inovadoras de 2020. Feita por uma maioria de mulheres pretas, a atração tem a missão de valorizar a cultura.